quinta-feira, setembro 28, 2006

Vale tudo?





Por vezes, a publicidade serve também para alertar consciências, para denunciar abusos, tendo assim uma função social e pedagógica evidente. Mas será que o contrário também é legítimo? Ou seja, o facto de uma marca de um produto qualquer se servir do sofrimento alheio para difundir uma imagem polémica e daí obter dividendos comerciais pode ser uma prática aceitável? E substituir-se às palavras através de uma linguagem meramente visual, chocante, à qual apenas se acrescenta um logótipo comercial, como no caso do anúncio de uma marca de roupa que utiliza a imagem de um doente de SIDA em último grau e do desespero da sua família?

Será por isso lícito, por exemplo, criar uma campanha de prevenção rodoviária com fotografias de vítimas ensanguentadas de acidentes, desde que a família autorize?


quarta-feira, setembro 27, 2006

Um vídeo publicitário

publicidade - s. f.,
estado do que é público; divulgação; notoriedade pública; reclamo comercial.






Vídeo de Daily Motion

Mesmo que a mensagem não seja perceptível por não se conhecer a língua, a mensagem publicitária pode continuar a ser eficaz, porque é concebida sobretudo para impressionar o consumidor. De que maneira é que esta mensagem pode influenciar? A quem se dirige, ou seja, qual é o seu potencial público-alvo?


terça-feira, setembro 26, 2006

Pensamento do dia

Ilustração de M.C.EscherO trabalho
apenas assusta
as almas fracas.

Luís XIV

segunda-feira, setembro 25, 2006

Todas as coisas têm um princípio

Às vezes não é fácil começar. Mesmo nada fácil. Como é que se começa? «Bom dia, sou fulano ou fulana de tal». Péssimo. «Olá, sou eu, e estou aqui para vender o meu peixe».

Ora, dar início a uma conversa a falar de peixe não é bom. Mesmo nada bom. Ainda se fosse de outra coisa qualquer, vá lá que não vá. Por exemplo de batatas. «Como estão, eu sou tal e tal e gosto de batatas.» Também não soa bem. Ainda uma pessoa não conhece as outras e entra logo a matar a falar de batatas? Interessante, não é?

Há quem tenha por hábito iniciar uma conversa a falar do tempo ou das férias. Não é lá muito aconselhável. Isto porque se uma pessoa gosta de sol não quer isso dizer que toda a gente goste, porque há quem prefira a chuva; por outro lado, contar o que se passa nas férias pode ser bom para quem teve férias, mas é contra-indicado para quem nem sequer conseguiu um pequeno intervalo no trabalho ou no estudo, cria inveja, ressentimento, sem falar de que as minhas férias podem ter sido boas para mim mas não despertam o mínimo interesse nos outros.

E qual é então a solução? Para dizer a verdade, não há respostas para uma pergunta destas. Há quem comece de uma maneira e há quem comece de outra. E, quando nos damos conta, afinal já começámos. Olhamos aqui para cima e já lá vão umas quantas linhas escritas sem que déssemos por isso. Assim, sem tirar nem pôr.

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