sexta-feira, dezembro 22, 2006

Boas Festas



quarta-feira, dezembro 20, 2006

Um poema que é também sobre o Natal

Deixo aqui um poema de Alberto Caeiro, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, o VIII poema de «O guardador de rebanhos». Espero que gostem.




Num meio-dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.

Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.

Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas pelas estradas
Que vão em ranchos pela estradas
com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas.
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou —
"Se é que ele as criou, do que duvido" —
"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansados de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
e eu levo-o ao colo para casa.
........................................
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo um universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do sol
A variar os montes e os vales,
E a fazer doer nos olhos os muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate as palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
........................................
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
........................................
Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?

segunda-feira, dezembro 18, 2006

A tradição do Natal

O meio do Inverno há já muito tempo que é celebrado por todo o mundo. Séculos antes do nascimento de Jesus Cristo, os primevos europeus comemoravam a luz e o nascimento nos mais escuros dias do Inverno. Muitos povos festejavam o solstício de Inverno, quando a primeira e pior metade do Inverno já havia passado e poderiam antever dias mais longos e mais horas de luz solar.

Na Escandinávia, os povos nórdicos comemoravam Yule desde 21 de Dezembro, o solstício de Inverno, até ao final de Janeiro. Em agradecimento do regresso do sol, pais e filhos traziam para dentro de casa um enorme tronco de árvore, a que posteriormente deitavam fogo.

Festejava-se então até que o tronco ardesse na totalidade, o que poderia demorar 12 dias. Os nórdicos acreditavam que cada faísca representava um porco ou uma vitela nova que iriam nascer durante o ano que então se iniciava.

O final de Dezembro era celebrado na maior parte das regiões de Europa. Nessa época do ano, grande parte do gado era morto, para que durante o Inverno não faltasse alimentação para o gado que restava. Para muitos, era a única época do ano em que se comia carne fresca. Além disso, a maior parte do vinho e da cerveja fabricados durante o ano tinha já fermentado e estavam prontos para serem bebidos.

Na Alemanha, os povos honravam o deus pagão Odin durante um feriado celebrado a meio do Inverno. Os alemães receavam este deus, já que acreditavam que Odin voava pelo céu nocturno para observar o povo, e decidir quem iria prosperar ou morrer. Por o recearem, muitos escolhiam permanecer dentro de casa.

Em Roma, onde os Invernos não eram tão duros quanto os do norte, celebrava-se um feriado em honra de Saturno, o deus da agricultura, a que davam o nome de Saturnálias. Começava na semana em que se dava o solstício de Inverno e continuava por um mês inteiro. As Saturnálias eram uma festa hedonística, em que se consumia comida e bebida em excesso, e a ordem social romana era completamente alterada, tal como hoje em dia acontece por alturas do Carnaval. Havia até um dia em que os escravos se transformavam em senhores e estes últimos passavam a servir os primeiros, aceitando a situação com o máximo desportivismo. Os camponeses passavam a mandar na cidade e as escolas e lojas encerravam para que todos pudessem participar.

Também por volta do época do solstício de Inverno, os romanos comemoravam a Juvenália, uma festa em honra das crianças de Roma. Os membros das classes superiores comemoraram ainda o aniversário de Mitra, o inconquistável deus do sol, a 25 de Dezembro. Acreditava-se que Mitra, um deus infantil, teria nascido de uma rocha. Para alguns romanos, o aniversário de Mitra era o dia o mais sagrado do ano.

Nos primeiros tempos do cristianismo, a Páscoa era a principal festividade que se comemorava; o nascimento de Jesus não era celebrado. No quarto século, a igreja decidiu instituir um feriado no dia do nascimento de Jesus Cristo. Infelizmente, a Bíblia não menciona a data do seu nascimento (um facto que os puritanos mais tarde alegaram para recusar a legitimidade destas celebrações). Embora existam algumas pistas de que o nascimento de Cristo terá ocorrido na primavera (que razão haveria para que os pastores andassem a apascentar gado no pino do Inverno?), o papa Júlio I optou por 25 de Dezembro.

Acredita-se que a igreja escolheu esta data num esforço para adoptar e absorver as tradições do festival pagão das Saturnálias.

Primeiramente chamadas de Festas da Natividade, este costume espalhou-se pelo Egipto por volta do ano de 432 e para Inglaterra já em finais do século sexto. Em finais do século oitavo, a celebração do Natal já se havia espalhado por toda a Escandinávia.

Nos dias de hoje, tanto nas igrejas ortodoxas gregas como nas russas, o Natal é comemorado 13 dias após o dia 25, já que nesse dia se comemora a Epifania dos três Reis Magos, quando estes três Reis Magos encontraram finalmente Jesus na sua mangedoira.
Festejando o Natal na mesma altura das tradicionais festas do solstício de Inverno, os líderes da igreja aumentaram as possibilidades de o Natal se popularizar, mas acima de tudo passaram a ditar a maneira como esta época devia ser celebrada. Na Idade Média, o cristianismo havia quase totalmente substituído as religiões pagãs. No Natal, os crentes iam à igreja, e a seguir celebravam estas festividades comendo e bebendo efusivamente, numa atmosfera muito semelhante à do Carnaval dos dias de hoje. Todos os anos, um pedinte ou um estudante era coroado "rei da confusão" e toda a gente fazia alegremente o papel de seus vassalos. Os pobres iam às casas dos ricos e exigiam as melhores comidas e bebidas; se estes não aceitassem, os visitantes aterrorizavam-nos rogando-lhes um sem número de pragas, algo de semelhante à tradição do pão-por-Deus que ainda persiste em alguns lugares de Portugal. O Natal transformou-se na época do ano em que as classes superiores podiam compensar os mais desfavorecidos e minorar a miséria destes durante este curto período de tempo.



As árvores de Natal



Durante muito tempo antes do aparecimento do cristianismo, as plantas e as árvores que permaneciam verdejantes todo o ano tinham um significado especial no Inverno para as pessoas. Tal como as pessoas actualmente decoram as suas casas durante a época festiva com pinheiros e ramos de árvores, os povos antigos penduravam ramos verdes sobre as suas portas e janelas. Em muitos países acreditava-se que esses ramos verdes afastavam bruxas, fantasmas, espíritos maus e doenças.

É crença generalizada que o início da tradição das árvores de Natal teve início na Alemanha, no século XVI. Quando cristãos devotos traziam árvores para o interior das suas casas e as ornamentavam profusamente. Alguns construíam pirâmides de lenha e decoravam-nas com ramos verdes e velas quando não era fácil encontrar uma árvore porque nesses tempos a madeira era escassa. É opinião corrente que Martinho Lutero, o reformista protestante do século XVI, foi o primeiro a colocar velas iluminadas numa árvore. Ao caminhar para casa numa escura noite de Inverno, enquanto compunha um sermão, ficou maravilhado pelo brilho das estrelas por entre as árvores. Para recriar essa cena para a sua família, colocou uma árvore na sala principal da casa e atou velas aos ramos, que posteriormente acendeu.

Em 1846, a rainha Vitória e o príncipe Alberto, que era alemão, ambos extremamente populares, bem como os seus filhos, posaram para um desenho destinado à revista inglesa Illustrated London News junto a uma árvore de Natal decorada. Ao contrário da família real precedente, a rainha Vitória era muito popular junto dos seus súbditos, e o que se fazia na corte rapidamente entrava na moda, não apenas na Grã-Bretanha mas também na sofisticada sociedade da costa leste dos Estados Unidos. A árvore de Natal tinha chegado para ficar.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Recomendações de leitura

Deixo aqui uma curta lista de obras de ficção de autores de língua portuguesa, de onde poderão escolher alguns livros para o «contrato de leitura». No final segue também uma lista de poetas portugueses, de entre os que considero mais significativos.

Esta lista não é, de maneira alguma, exaustiva, tendo sido realizada apenas com a intenção de possibilitar uma escolha de obras relativamente fáceis de encontrar em bibliotecas ou em locais de venda ao público. Muitos outros autores e livros ficaram de fora. Servirá, apenas, como indicação complementar à lista que foi fornecida no início do ano lectivo.

Os autores e as obras incluem hiperligações, de modo a permitirem a recolha de informações.

PROSA (ficção)
Autores do Século XIX:
Alexandre Herculano, Eurico, o Presbítero (romance)
Alexandre Herculano, O Bobo (romance)
Alexandre Herculano, O Monge de Cister (romance)

Almeida Garrett, O Arco de San’Ana (romance)

Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição (romance) – (texto online aqui ) ou qualquer outro do mesmo autor

Eça de Queirós, Os Maias (romance) – ou qualquer outro do mesmo autor
Eça de Queirós, O Crime do Padre Amaro (romance) – ou qualquer outro do mesmo autor

Júlio Dinis, Uma Família Inglesa (romance) – ou qualquer outro do mesmo autor

Autores dos Séculos XX / XXI:
Jorge de Sena, Sinais de Fogo (romance)
Jorge de Sena, Antigas e Novas Andanças do Demónio (contos)
Jorge de Sena, O Físico Prodigioso (novela)

Domingos Freitas do Amaral, Enquanto Salazar Dormia (romance) [edição recente]

Ricardo Adolfo, Os Chouriços São Todos Para Assar (contos) [edição recente]

Vitorino Nemésio, Mau Tempo no Canal (romance)

José Luandino Vieira, Luuanda (romance) – literatura angolana

Aydano Roriz, O Fundador (romance) – literatura brasileira [edição recente]

José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira (romance)
José Saramago, Memorial do Convento (romance)

Fernando Campos, A Casa do Pó (romance)
Fernando Campos, O Cavaleiro da Águia (romance)

Almada Negreiros, Nome de Guerra (romance)

João Aguiar, A Voz dos Deuses (romance)
João Aguiar, Inês de Portugal (romance) [edição recente]

Jorge Amado, Capitães da Areia (romance) - literatura brasileira
Jorge Amado, Gabriela Cravo e Canela (romance) - literatura brasileira
Jorge Amado, Tieta do Agreste (romance) - literatura brasileira
Jorge Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos (romance) - literatura brasileira

Mário-Henrique Leiria, Contos do Gin-Tonic (contos)
Mário-Henrique Leiria, Novos Contos do Gin (contos)

Sophia de Mello Breyner, Contos Exemplares (contos)

Agustina Bessa Luís, A Sibila (romance)

Lídia Jorge, O Dia dos Prodígios (romance)
Lídia Jorge, A Instrumentalina (conto)

Pedro Paixão, Ladrão de Fogo (romance)
Pedro Paixão, Muito, Meu Amor (romance)

António Lobo Antunes, Eu Hei-de Amar uma Pedra (romance) [edição recente]

José Rodrigues dos Santos, A Filha do Capitão (romance) [edição recente]
José Rodrigues dos Santos, O Codex 632 (romance) [edição recente]

José Cardoso Pires, Balada da Praia dos Cães (romance)

Álvaro Guerra, Café República (romance)
Álvaro Guerra, Café Central (romance)
Álvaro Guerra, Café 25 de Abril (romance)

José Rodrigues Miguéis, O Milagre Segundo Salomé (romance)

POESIA
Autores do Século XIX:
- Almeida Garrett
- Alexandre Herculano
- Antero de Quental
- Cesário Verde

Autores dos Séculos XX / XXI:
- Fernando Pessoa
- Mário de Sá-Carneiro
- Almada Negreiros
- Florbela Espanca
- Mário Cesariny
- Alexandre O’Neill
- António Maria Lisboa
- Jorge de Sena
- José Gomes Ferreira
- Vitorino Nemésio
- Herberto Helder
- Carlos de Oliveira
- Eugénio de Andrade
- Natália Correia
- Ruy Belo
- Rui Knopfli
- António Ramos Rosa
- Ruy Cinatti
- Luiza Neto Jorge
- Fiama Hasse Pais Brandão
- Pedro Tamen
- António Osório
- Joaquim Manuel Magalhães
- João Miguel Fernandes Jorge
- Helder Moura Pereira
- Daniel Filipe
- Manuel Alegre
- David Mourão-Ferreira
- Al Berto

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Aula de 4ª feira, dia 13 de Dezembro

Atenção:

A aula de 4ª feira, dia 13 de Dezembro, está marcada para a sala 14, à mesma hora, e não para a sala 2, para assistirmos ao trabalho das duas colegas que têm para mostrar apresentações em Powerpoint.

domingo, dezembro 10, 2006

AULA DE 2ª FEIRA, DIA 11 DE DEZEMBRO

Atenção:

A aula de 2ª feira, dia 11 de Dezembro, está marcada para a sala de AUDIOVISUAIS, e não para a sala 47, pelo facto de uma das apresentações orais necessitar do programa informático Powerpoint.